Tu. Eu. Uma ilusão. Um fim.
Queria poder contar uma história mas, com um certo conformismo, conto uma ilusão. Sempre gostei de desafios e tu representavas o maior deles. Não foram precisas palavras, não foi preciso um beijinho, nem sequer uma intenção…apaixonei-me porque o meu destino era mesmo esse. Apaixonar-me… por ti! E à revelia do que sempre acreditei, deixei-te entrar na minha vida porque a curiosidade imperou. E assim, através de ti, descobri uma capacidade que me considerava esgotada.
À partida sempre soube que serias impossivel. Eras um "Quase…" Duas vidas construidas em separado, que por ironia se cruzaram, e uma tentação à qual não queriamos resistir, bastaram para criar uma ilusão. A minha ilusão…
Defino o amor, no seu conceito mais puro: é verdadeiro, intemporal e pode durar uma vida inteira. Nunca acreditaste em mim, e essa era a minha verdadeira luta. Muitas vezes questionas-te a instabilidade da minha conduta, mas como é que se pode lutar por alguem que na verdade, nunca será meu por inteiro? É um desafio à partida condicionado!
Não te culpo, ou sequer, condeno por nada! Fui eu que apostei, sabendo que iria perder! Mas, nos nossos desencontros descobri que as palavras que me dizias, eram se não, requintes de uma vida bem gozada. E frustada percebo que, contrariamente à minha vontade, fui apenas mais um passatempo de ocasião. O que aconteceu foi que, acreditei que o que viviamos prevaleceria acima de quaisquer ideias pré-concebidas, e no fundo iludi-me que, um dia, acordarias e sentiarias o mesmo que eu. Será que aí deixarias de ser "menino" e tomarias A decisão? E por saber a resposta, e porque ambos temos vidas por viver, alivio-te com um "adeus…"
Tantas coisas por fazer e mais ainda por dizer…
Obrigada pelas estrelinhas na barriga