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maio 11, 2006

Ode ao Casamento


Não desvalorizando a importância da temática acho que chegámos a um ponto que exige uma travagem repentina, daquelas que ficam marcadas no asfalto: “Alto e para o baile!” (sempre adorei esta expressão)
Não sei se é a sociedade que nos exige, a família ou até os amigos, a verdade é que a maioria das mulheres portuguesas aspira um casamento.Não acho mal, este também é um dos meus sonhos. Não o maior mas, um deles com certeza!
O massacre começa dentro das quatro paredes e mais depressa que um sprint, já o oiço no café semanal entre amigas! Parece que ultimamente este assunto é um dos preferidos para se ter como conversa de circunstancia: “Sabias que a Filipa vai casar?”;“A Mafalda estava à espera de bébé e olha... apressou o casamento mas, amam-se muito...”; “A Ana é quantos anos mais nova que tu? Pois... mas vai casar” E então? Tenho 24 anos e neste momento a minha prioridade é o meu recente trabalho, conquistar a independencia e até sair de casa! Matem-me se acho que sou nova demais para casar!
E depois, para mim o casamento é um compromisso sério e que deve ser decidido a dois, tendo em consciencia de que: “Para Sempre!” deve significar mesmo isso, e que ao contrário dos namoros, cujo prejuizo são umas noites em claro e umas lagrimas gastas com vontade, o casamento exige muito mais do que apenas isso.
Porque é que uma mulher, ao chegar aos 30, se sente frustrada se não estiver casada ou em vias disso? Porque é que a nossa sociedade está fabricada de um modo que rejeita mulheres com outras opções?
A par deste assunto não devemos esquecer o papel do homem que em tudo contribui para este estado de êxtase social. Os homens, não todos, tem medo de assumir um compromisso e pensar na hipotese de namorar, casar e viver sempre com a mesma mulher, é só por si assustador. Oiço histórias macabras de quem não invejo o triste fado: alguém que, de casamento marcado, dá com o respectivo noivo na cama com a ex-namorada, ou noivos que procuram escape nos braços de outras mulheres, depois de anos de namoro com outra, etc, etc.
As repercussões são desastrosas e irreversíveis. É cada vez mais crescente o numero de mulheres que procura desenfreadamente, e em todos os homens, um futuro marido, esquecendo-se que tem uma vida para aproveitar, gente para conhecer e coisas para fazer. Ás tantas já não procuram o verdadeiro amor, procuram só alguem para casar. Ou mulheres que tem namoros de anos e anos e que esperam pacientemente “O” pedido, que nunca vem! Mulheres que acabaram o curso, estão a trabalhar, caminham para a independecia financeira e pensam: “E agora?”... Para elas o passo lógico é o casamento. O namorado passa pelo mesmo, vê alguns dos seus amigos já casados, até gostou das despedidas de solteiro e alinha. Não porque é realmente o que querem, não porque estão perfeitamente conscientes desta decisão mas, porque foi assim que lhes ensinaram a viver. As mulheres qe no rescaldo de relações anteriores, casam apresadamente com o primeiro que lhes calha, na espectativa de minimizar a frustração, etc. etc.
Serei assim tão utopica quando penso que do meu casamento não depende da minha idade mas, da combinação entre a altura certa, a disponibilidade mental e claro, o homem certo?

4 Comments:

At 12:28 da manhã, Blogger vanshico said...

Vou fazer uma coisa que odeio, mas como não interessa falar nem da filipa, nem da mafalda, nem da ana, vou generalizar.
Para mim, pelo que acho, pelo que oiço, pelo que sinto e pressinto, a competição entre as mulheres é feroz e o casamento é mais uma das armas de afirmação destas umas perante as outras.
Quem casa mais cedo é porque é melhor...
Infelizmente acho que as miudas pôe essa competição acima dos valores e dos principios...
O que ineteressa é ganhar!
E quem casa primeiro, ganha.

 
At 9:44 da manhã, Blogger São tantas... said...

Não podia estar mais de acordo! infelizmente... Mas as culpadas somos nós que nos sentimos derrotadas quando há mais uma que casa!

 
At 11:30 da manhã, Blogger XiXas said...

reage como te sentires melhor!!..só assim és feliz e só assim é que podes cruzar o teu caminho com o teu destino..

 
At 9:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para mim, o essencial na vida, é ser-se feliz.Não importa como.Casado ou solteiro.Saudável ou doente.Rico(pessoalmente acho muitíssimo difícil...) ou pobre.Feliz.Só.E o "pecado original" costuma ser a "projecção" mental, o pressuposto, de que casar e ter filhos é imprescindível a ser-se feliz.Basta que olhemos com atenção à nossa volta para verificarmos que esse conceito cai pela base.Não é assim.E a ansiedade tolda o espírito.Quem procura pela necessidade de encontrar, jamais poderá encontrar o homem (mulher) ideal, porque isso não se procura.Encontra-se.Mas só quem tiver a tranquilidade de espírito suficiente para poder observar e reconhecer quando isso acontecer.Sem pressão.A "sêde" faz com que uma água menos pura nos pareça a água mais cristalina...até que a sêde passe e consigamos perceber que não é assim(porque nunca foi).Se a sêde não estiver a toldar o raciocínio, teremos tempo para procurar uma "água" mais cristalina.A tal "cara" metade,que só pode encontrar quem der azo a que isso possa acontecer.É só olharmos com olhos de ver à nossa volta...

 

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