A Porta
Há já algum tempo encontrei uma porta fechada! Institivamente soube, que deveria mante-la fechada! Passava muitas vezes por ela, não porque o meu caminho fosse esse, mas porque o desvio era sempre mais atractivo. Gostava de a observar com atenção e estudá-la com precisão. Conhecia a sua cor e textura, reconhecia-lhe o imperativismo e invejava-a na sua robustez. Inicialmente achei que se a conhecesse ao promenor estaria segura dos mistérios que antevia no seu interior. Com o decorrer do tempo percebi que tinha sido manipulada e que o intuito desta porta, era sufocar-me na minha própria curiosidade. De repente já não bastava o exterior! Queria saber o segredo que escondia! Queria saber tudo sobre ela e já não me controlava...
Desconfiada abri a porta…E mergulhei na escuridão! Mas, curiosamente, não me senti perdida, e numa calma aparente vagueava neste espaço que agora reconhecia…O cheiro, o silêncio, a desorganização caótica, tudo! "Já cá estive", pensei! No entanto, esforçava tentativas de ordenação mental, que me relembrassem esta experiencia mas não conseguia mais nada, se não a certeza de que já havia estado neste espaço!
Esta sala é traiçoeira! Conta com labirintos e jogos psicológicos, com dúvidas e enigmas, com o escuro e vazio… é ágil e movimenta-se com precisão incisiva: Quando não se espera…Ninguem está impune a esta sala, mas só agora é que me consciencializo disto! Corro para a porta, desespero! "Quero sair!!", berro… Mas já não dá, já não há nada. A porta abre-se para quem quer entrar, mas só deixa sair quando provamos que o mereçemos. Tenho frio, tenho medo, eu não quero isto! Contraio-me! Fui derrotada!
E a minha amenésia parcial dissipa-se, e relembro as vezes que cedi à porta e entrei… foram tantas! Paralizada confronto-me, e percebo, que fui sempre eu quem a procurou com a intenção final de entrar. Esta porta obriga-me a encarar uma realidade que não quero, a sentir o que não sentia e a viver no presente. Faz-me sofrer! Mas, depois de tudo acentar, quando já não sofrer mais, quando já estiver calma, ela liberta-me! Na certeza porém, de que voltarei se me desviar do caminho certo, porque a porta é exigente e nada tolerante!
Desconfiada abri a porta…E mergulhei na escuridão! Mas, curiosamente, não me senti perdida, e numa calma aparente vagueava neste espaço que agora reconhecia…O cheiro, o silêncio, a desorganização caótica, tudo! "Já cá estive", pensei! No entanto, esforçava tentativas de ordenação mental, que me relembrassem esta experiencia mas não conseguia mais nada, se não a certeza de que já havia estado neste espaço!
Esta sala é traiçoeira! Conta com labirintos e jogos psicológicos, com dúvidas e enigmas, com o escuro e vazio… é ágil e movimenta-se com precisão incisiva: Quando não se espera…Ninguem está impune a esta sala, mas só agora é que me consciencializo disto! Corro para a porta, desespero! "Quero sair!!", berro… Mas já não dá, já não há nada. A porta abre-se para quem quer entrar, mas só deixa sair quando provamos que o mereçemos. Tenho frio, tenho medo, eu não quero isto! Contraio-me! Fui derrotada!
E a minha amenésia parcial dissipa-se, e relembro as vezes que cedi à porta e entrei… foram tantas! Paralizada confronto-me, e percebo, que fui sempre eu quem a procurou com a intenção final de entrar. Esta porta obriga-me a encarar uma realidade que não quero, a sentir o que não sentia e a viver no presente. Faz-me sofrer! Mas, depois de tudo acentar, quando já não sofrer mais, quando já estiver calma, ela liberta-me! Na certeza porém, de que voltarei se me desviar do caminho certo, porque a porta é exigente e nada tolerante!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home