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fevereiro 15, 2006

Noites Brancas


Escrevo.lhe. Perdoe-me a minha impaciência, mas durante um ano inteiro vivi na esperança de ser feliz. Será censurável não poder hoje suportar nem mais um dia de dúvida? Talvez as suas intenções tenham mudado. Nesse caso não farei recriminações vãs: não acuso, não me considero senhora do seu coração; o senhor é um homem de alma nobre, não se ria de mim, nem se zangue. Lembre-se de que é uma pobre rapariga que lhe escreve, sem ter ninguém para a guiar; perdoe-lhe que a dúvida se tenha insinuado no seu coração. Considero-o incapaz de ofender aquela que o amou e que o ama ainda.
*Dostoiewski*

2 Comments:

At 9:52 da tarde, Blogger MB said...

Foi o primeiro que li do "Dosty"! Emprestei-o há uns 7 anos e nunca mais o vi!

 
At 1:51 da manhã, Blogger Astor said...

(...)"mas durante um ano inteiro vivi na esperança de ser feliz."

Não acreditaria se não tivesse sentido.

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